MARTIM FRANCISCO Ribeiro de Andrada
Martim Francisco Ribeiro de Andrada (Santos, 19 de abril de 1775 — Santos, 23 de fevereiro de 1844) foi um político brasileiro, presidente da Câmara dos Deputados e ministro da Fazenda do Império do Brasil.
Não foi tão célebre quanto seu irmão José Bonifácio de Andrada e Silva, mas foi figura de importância na política do Brasil. Graduado em Filosofia e Matemática pela Universidade de Coimbra em 27 de julho de 1798.
O conselheiro Martim Francisco (pai), como ficou conhecido, com seu outro irmão Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva, dois anos mais velho que ele e também graduado em Filosofia em Coimbra, em 18 de junho de 1796, e José Bonifácio, formaram a grande trindade dos Andrada, com enorme importância política nos primeiros anos do Brasil livre.
Foi membro da Assembléia Constituinte em 1823 por São Paulo e pela mesma província deputado de 1836 a 1842, representou Minas Gerais na Câmara dos Deputados na legislatura de 1830 a 1833. Preso e exilado por ocasião da dissolução da Assembléia, asilou-se na França (Bordéus), retornou em 1829. Interessa constatar que, do projeto educacional de Martim Francisco surtiram efeitos práticos: a laicização da educação no Brasil.
Financista, foi ministro da Fazenda no Primeiro Império no chamado Gabinete dos Andradas (1822) e o primeiro-ministro da Fazenda do Segundo Império no "Gabinete da Maioridade" (1840). No ministério executou uma política econômica nacionalista e mostrou-se inimigo de empréstimos externos. Integrava o Conselho do Imperador. Dentre outras, deixou obras escritas sobre mineralogia, entre elas, Diário de uma Viagem Mineralógica pela Província de S. Paulo no Anno de 1805. [1] e uma memória sobre estatística.
Do casamento com sua sobrinha Gabriela Frederica (filha de José Bonifácio de Andrada e Silva), teve três filhos, José Bonifácio, o Moço, escritor e senador do Império do Brasil e ministro da Marinha do Brasil; Martim Francisco Ribeiro de Andrada, também conhecido como Martim Francisco filho ou II, deputado por São Paulo, ministro das Relações Exteriores (1866) e presidente da Câmara dos Deputados durante o Segundo Império (1882) e Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, deputado por Minas Gerais à Câmara (1885) e senador estadual Constituinte (1891), falecido em Barbacena em 1893. Deste último descende o ramo mineiro dos Andradas. Fonte: wikipedia
DOIS TEMPOS
No deserto da vida, o caminheiro
Encontra dois oásis de bonança:
Tem um as ledas cores da esperança,
Outro lhe mostra o pouso derradeiro.
Um deixa-lhe entrever, no amor primeiro,
Todo o supremo bem, que não se alcança;
Outro lhe mostra o porto, onde descansa
Do vaivém da existência o marinheiro.
Feliz quem pôde, à luz da fantasia,
Demorado, escutar toda a harmonia
Do poema febril da mocidade.
Prefiro-te, porém, último abrigo,
Espelho do passado, pouso amigo,
Velhice, companheira da saudade.
Página publicada em abril de 2017